segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Máscaras



Felicidades aparentes
Elas sorriem com os lábios
Mas tem os olhos opacos
Covinha na bochecha
Cova aberta no peito
São amores que não foram enterrados
São saudades que não tem jeito
Quando se fecham as cortinhas
Elas tiram suas máscaras
Voltam-se para si de mãos atadas
Atrizes da vida
Camarins de angústia reprimida
Elas lutam contra suas dores
Sobram-lhes raiva
Por vezes deles
Por vezes de si
Solidão no sentir
Humilhando-se para o tempo
Elas já não são mais atrizes
São espectadoras tediosas
Do seu próprio sofrimento.


Nenhum comentário:

Postar um comentário