quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Visita do acaso
Quero fazer as pazes com o acaso
Convidá-lo à minha casa
Fazer-lhe um agrado
Que ele traga junto a surpresa
Que ela venha bem humorada
Que não traga a tristeza
Quero fazer as pazes com o acaso
Que ele me olhe com compaixão
Que me retribua os afagos
Quero, na espreita
Após servir a sobremesa
Ouvir dizer a surpresa:
Chegou a hora da colheita
Quero fazer as pazes com o acaso
Pois sei que ele é visita inevitável
Não quero mais o seu descaso
Quero sorrir incansável
Quero fazer as pazes com o acaso
Tudo bem
Pode vir quando necessário
Seja manso
Seja calmo
Desentranha esse perfume barato
Mas não seja a tempestade
A esfacelar o que construí em calcário.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário